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Bolsonaro marca encontro com deputados aliados para informar que deixará o PSL

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data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Pedro Lareira (Folhapress)

O presidente Jair Bolsonaro marcou uma reunião na tarde desta terça-feira (12) com o grupo de deputados bolsonaristas do PSL para informar que decidiu deixar a sigla. No encontro, que será realizado no Palácio do Planalto, ele deve comunicar que pretende ficar, pelo menos no curto prazo, sem partido. A tendência é que o presidente anuncie processo de coleta de assinaturas para a formação de uma nova legenda, cujo nome ainda não foi definido. Uma das hipóteses é Conservadores.

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Os deputados e senadores do PSL considerados traidores pelo presidente, como Joice Hasselmann (SP), Delegado Waldir (GO) e Major Olímpio (SP), não foram convidados para o encontro. Na última reunião, antes de viagem ao continente asiático, Bolsonaro disse ao seu núcleo de aliados que a situação no partido está ficando insustentável e pediu para que ele ficasse em contato com a sua equipe de advogados para evitar atitudes que possam dificultar a saída do partido.

No início de outubro, o presidente já havia definido que deixaria o PSL, mas aguardava um cenário favorável para efetivar o desembarque. A avaliação no grupo bolsonarista é de que, com a soltura do ex-presidente Lula (PT), chegou a hora de Bolsonaro se distanciar do PSL para evitar que o partido vire munição da oposição contra ele.

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O PSL está no centro de um escândalo, revelado pela Folha de S.Paulo, que envolve o uso de verbas públicas por meio de candidaturas de laranjas em Minas Gerais e Pernambuco. Atualmente, ao menos 20 parlamentares estariam dispostos a seguir Bolsonaro. Encabeçam a lista os filhos do presidente, o deputado Eduardo Bolsonaro (SP) e o senador Flávio Bolsonaro (RJ).

Hoje, a legislação permite determinadas situações de justa causa para desfiliação partidária -em que o deputado ou vereador pode mudar de partido sem perder o mandato. Alguns exemplos: fusão ou incorporação do partido; mudança substancial ou desvio reiterado do programa partidário; grave discriminação política pessoal; e, no último ano de mandato, sair para disputar eleição.

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Graças a uma decisão do Supremo Tribunal Federal, não perdem o mandato prefeitos, senadores, governadores e presidente que mudarem de partido sem justa causa. Nesta segunda-feira (11), o deputado federal José Medeiros (MT) sugeriu nas redes sociais que Bolsonaro se filie ao Podemos. O PEN, hoje com o nome de Patriota, também tem interesse na filiação do presidente. Caso a criação de uma nova legenda não tenha êxito, é cogitada a filiação dele à UDN (União Democrática Nacional), partido em fase final de criação na Justiça Eleitoral.

*Colaborou Gustavo Uribe, Angela Boldrini e Thais Arbex

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